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A nova moda que adentrou as redes sociais foi a participação des seus usuários julgando casos famosos que tenham destaque no noticiário da grande imprensa. Se houve crime de responsabilidade, se houve golpe ou processo absolutamente legal, e até mesmo se uma pessoa foi estuprada ou não está sendo analisado e posteriormente julgado pelos usuários das redes sociais, em especial no Facebook.
O sucesso desta iniciativa revolucionária de se fazer justiça agora será regulamentado. Ao invés de gastar milhões todos os anos com delegados, investigadores, peritos e juízes, a Justiça apenas lançará o caso nas redes sociais, assim, o que a maioria decidir será a decisão oficial sobre o caso, mais rápido e mais barato do que os métodos tradicionais. Acompanhem um trecho da entrevista coletiva realizada pelo Ministro da Justiça:
“A voz do povo é a voz de Deus, amém! Gastamos milhões de reais anualmente em treinamentos de peritos, investigadores e delegados, enquanto que os verdadeiros peritos criminais estão disponíveis de graça nas redes sociais, será um grande avanço para o Brasil trocar juízes de renome e carreira por leitores da Folha, por exemplo…”
O primeiro caso a ser julgado com essa nova forma de Justiça será a de um rapaz que, supostamente, tentou paquerar uma moça em uma casa noturna, segundo à vítima, o rapaz que se aproximou e disse: “Oi, tudo bom linda?” – cometeu o crime de “estupro audiovisual machista da cultura de estupro e objetificação da mulher perante a elite branca eleitora tucana de Aécio Neves e Michel Temer e da direita reacionária seguidora de Jair Bolsonaro e humoristas que praticam piadas de louras”, prevista em nosso código penal. Seu julgamento será realizado em breve no Facebook.
